terça-feira, 17 de julho de 2012

Confrontos em Timor "O medo que nos domina"

Confrontos em Timor
"O medo que nos domina" 
Uma reflexão sobre um dos problemas da actualidade

Pode-se entender que se vive numa cultura do medo, fabricada por alarmistas, em que os seus protagonistas são:  os mídia, imprensa escrita, jornalistas,  grupos ativistas,  empresários, religião,  politicos, destacando crimes, enfatizando a violência, adulterando números, dados estatíticos, dominando o noticiário e, principalmente, aproveitando-se das limitações das pessoas, numa altura em que os motivos de “alarido” em Timor deveria ser Festa e Alegria.

Neste momento fala-se da morte de um dos simpatizantes do partido FRETILIN envolvido nos disturbios em Dili no passado Domingo dia 15 de julho. Nas redes sociais existem comentários enfatizando esta "desgraça" e transformando-a em forma de propaganda de matéria política proclamando ainda como um acto heróico. De facto sentimos e respeitamos a sua perda, no entanto, devemos olhar para estes acontecimentos de uma outra forma, não podemos ser rectos nem deixar de ser concisos, pois estes são actos que ficam registados na história do nosso país e servem de lição para que possamos lutar contra nós próprios contra a nossa impulsividade, pois por vezes nós somos os nossos próprios inimigos e o resultado está a vista de todos para além de que este tipo de “enfatização e transformação” de forma alguma contribui para o desenvolvimento e bem estar do nosso país.

Esta é uma fase difícil, há quem lhe chame  “cultura de violência” que embora tenha sido minimizada desde a Restauração da Independência em 2002 conforme declarações de Jose Maria Guterres (artº. pub. Forum Haksesuk data de 04/07/2012), no domingo a crise voltou a restaurar-se. A Instabilidade é criada e a partir desta “o medo nos domina” fazendo com que na maior parte das vezes façamos até o que menos esperamos.

É triste de facto estes acontecimentos pois por discordâncias ideológicas há quem se manifeste da pior forma demonstrando a sua insatisfação em actos de rebeldia acabando por se tornar violentos. Infelizmente é um pesar para nós timorenses ver em Primeira Página  nas notícias de última hora  os segiuintes destaques : “Timor: portugueses aconselhados a ficarem em casa à noite, Timor: quase 60 carros destruídos em distúrbios , Díli: GNR teve de intervir em confrontos entre fações políticas, e enfim “TIMOR LESTE : Disturbios provocam um morto” e senti-las em primeira mão. Porque não, “Timor ganha um novo Governo, Timorenses Festejam juntos”???

Mais uma experiência pouco feliz que o nosso país atravessa de momento, mas serve de lição para que no futuro possamos olhar para tras e possamos ser auto-críticos, mais uma oportunidade para pensar em soluções e não apenas em acusações.


Conforme pedido do nosso Presidente da Republica Taur Matan Ruak no Palácio Presidencial de Dili ontem dia 16 de Julho: "hotu hotu fo liman ba malu, haluhan buat ne'ebe liu ona, hakat ba oin kaer liman hamutuk foti ita nia nasaun nia oin no dignidade nasaun ida ne'e nian., em português " vamos todos dar as mãos, esquecer aquilo que se passou, dar um passo em frente juntar as mão e erguer com dignidade o nome da  nossa nação, desta nação".

Esperamos que não nos deixemos dominar pelo medo e que os interesses de Timor sejam apenas aqueles que nos  servem e que contribuem para o desenvolvimento do nosso País!

por Dália Agostinho
17 de Julho de 2012

Tradução em inglês AQUI

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