PR Timor Leste Taur Matan Ruak JORNAL PUBLICO |
O artigo 13 da Constituição RDTL define que Lingua Portuguesa é a lingua oficial de Timor Leste juntamente com a lingua Tetun que para (a ultima) que para alem de Oficial é tambem a lingua Nacional do Pais!
A lingua Portuguesa foi escolhida como a língua oficial de Timor-Leste e esta, por sua vez emergiu junto da opinião pública portuguesa como uma opção lógica da liderança timorense e abriu portas a um forte investimento público de cooperação no ensino e promoção da Língua Portuguesa em Timor-Leste. Ministros da Educação de Timor e de Portugal assinam protocolos para reforço do ensino da língua portuguesa em Timor.
No entanto Estimativas não passíveis de verificação indicam que não mais que uma percentagem de 15 a 25% da população (faixa etaria acima dos 40 anos) são capazes de se expressar na língua do pais colonizador, estas incluem, religiosos, elites culturais, políticas e economicas, que se exilaram ou tiveram oportunidades de estudar no exterior, e agora retornam a Timor.
As actuais principais lideranças políticas timorenses contemporâneas lidam em diferentes graus de proficiência o idioma Português. Palavras portuguesas estão definitivamente incorporadas ao Tetun, interligadas as outras línguas nativas e ao Indonésio falado no território. No entanto, a maior parte da juventude, que teve um papel fundamental na resistência ao invasor na luta pela independência, ainda é incapaz de falar Portugues.
A sobrevivência do Português em Timor sob ocupação indonésia muito fica a dever à Igreja Católica. Essa é a religião da esmagadora maioria dos timorenses, circunstância que os torna exóticos num mar de Islamismo, Hinduísmo, Budismo e práticas animistas.
Todavia, é preciso reconhecer que Portugal, enquanto pôde, não se interessou muito pela difusão da educação da sua língua entre os timorenses. Mesmo nos últimos anos da colonização, só uns poucos milhares de privilegiados nativos eram fluentes em Português. Além de Timor ser uma colônia distante e dispendiosa, se comparada com os territórios africanos, a modalidade de colonização ali praticada não exigia a sujeição completa de seus habitantes à cultura e dominação portuguesa.
Nessa opção, talvez, resida o segredo, por um lado, da duração da presença portuguesa, da pouca ou nenhuma resistência por parte dos nativos e, por outro lado, da sobrevivência quase intacta das instituições sociais autóctones. Para os interesses portugueses, bastava distribuir algumas benesses, tais como bolsas de estudo, cargos nos escalões inferiores da administração civil, da polícia e das forças armadas a um punhado de chefes tradicionais, a exemplo dos "liurais", e com isso obter a aprovação passiva dos respectivos súditos.
A essa altura, é lícito indagar sobre o significado político de Timor adoptar a lingua Portuguesa. Deve haver razões muito fortes para que os dirigentes políticos timorenses, acrescentem aos inúmeros problemas, questões políticas, economicas, sociais a questão da língua, e questionarem se seria mais fácil, aparentemente, conformar-se com o a línguas oficial nacional de Timor , o "Tetun", ou mesmo importar com a Austrália a introdução do Inglês.
Durante o dominio português, quer na administração, quer no sistema de ensino, era usada exclusivamente a lingua portuguesa, embora coexistindo (existir simultaneamente), no dia-a-dia, com o tétum e com outras línguas. O português influenciou profundamente o tétum, especialmente o dialecto falado em Dili, conhecido como tetum-praça, que constitui actualmente a versão oficial da língua e a que se ensina nas escolas.
Com a anexação do territorio pela Indonesia, o uso do português foi proibido, impondo-se a língua indonesia, idioma até então desconhecido no território. Por vezes o indonesio é referido em português como "bahasa", mas isso é incorrecto porque "bahasa" significa "lingua" ("bahasa Indonesia" = lingua indonésia, "bahasa tetun" = lingua tétum, "bahasa portugis" = língua portuguesa).
Durante 24 anos, toda uma geração cresceu e foi educada nesta lingua. O português sobreviveu, no entanto, como língua de resistência, usada pela Fretilin e pelas outras organizações da resistência nas suas comunicações internas e no contacto com o exterior. Este uso do português, muito mais do que do tétum, conferiu-lhe uma enorme carga simbólica.
Com o termo da ocupação e a independência de Timor-Leste em 20 de Maio de 2002, as novas autoridades do país fizeram questão de recuperar o idioma da antiga potência administrante. A Constituição reconhece ao português o estatuto de "língua oficial" ao lado do tetun.
Para os mais idosos, o bahasa indonesio é negativamente conotado com o regime repressivo de Suharto mas, por outro lado, muitos jovens têm-se mostrado adversos à reintrodução do portugues, visto como "lingua colonial", um pouco como os indonésios vêem o holandês. No entanto, enquanto a língua e a cultura holandesas tiveram reduzida influência na Indonesia, as culturas portuguesa e timorense interligaram-se ao longo dos seculos, nomeadamente atraves de casamentos mistos, criando-se uma afectividade em relação ao português em Timor que nunca existiu com o holandês na Indonésia.
Um bom exemplo da aceitação popular do portugues é o facto de 70% dos apelidos e 98% dos nomes próprios dos timorenses serem, ainda hoje, portugueses.
Os dirigentes timorenses têm clara noção que foi graças à colonização dos portugueses que Timor-Leste (com o enclave de Oecusse e a ilha de Ataúro) criou uma identidade própria e se diferenciou da outra metade da ilha e das restantes milhares de ilhas que compõem o arquipélago indonésio.
Contando com a colaboração activa de Portugal e do Brasil, o português tem vindo progressivamente a recuperar terreno, sendo que actualmente cerca de 25% dos timorenses falam português (13,6% de acordo com o censo de 2004).
O nosso Presidente da Republica Taur Matan Ruak defende que "o ensino da lingua Portuguesa em Timor veio para ficar", mais acrescenta que "Do nosso contacto com outras culturas e outros povos resultaram coisas positivas. É disso prova o sentimento da nossa identidade nacional, marcado pela fé católica, a língua portuguesa e a forte ligação a valores de cultura universais que unem oito países de quatro continentes, na família da CPLP."
Consoante opinião publica Timorense a lingua Portuguesa em Timor tem um papel fundamental, sendo Timor um paises membros da CPLP - Comunidade dos Paises da Lingua Portuguesa, esta vem para enriquecer e enraizar as ligaçoes afectuosas com Portugal.
O português é, em si, um idioma de importante relevo no mundo moderno. Uma língua internacional, falada por cerca de milhões de pessoas nos cinco continentes. Há ainda a importância desempenhada pelas futuras relações de Timor com o mundo lusófono o que proporcionará vantagens sociais e culturais e benefícios materiais. Para Timor, o português tem também a vantagem de que o Tetun não seja formalmente muito afastado do português na sua pronúncia, gramática e vocabulário. O português não é um idioma demasiado difícil para os timorenses pois estes já possuem um relativo conhecimento passivo do português, devido ao facto de que já se fala o tetum-Dili, neste sentido a juventude deve fazer um esforço colectivo para aprender ou reaprender a lingua portuguesa. Um dever que se pode qualificar como sendo "patriótico", até porque a cultura e a língua portuguesa fazem parte da memoria de TIMOR, e não falar o português seria voltar costas a um passado em que Portugal esteve sempre presente!
Pessoalmente, A lingua é um símbolo de identidade (talvez o mais poderoso) que nos permite reconhecer como naturais de uma cidade, de uma região, de um país e, ao mesmo tempo, identificar a quem não o é. Esse poder atribuído à lingua data de épocas imemoriais.
Ha questões levantadas sobre utilidade e importancia da lingua Portuguesa em Timor, preocupações que englobam a visão e a recepção da mesma junto dos cidadãos timorenses dentro do proprio pais, ha quem opina que são questões de interesse e negociação politica de forma a afirmar a identidade de Portugal dentro do pais, visto isso existem pros tendo em conta o afecto e ligação dos nossos antepassados com os Portugueses , e contras tendo em conta a preocupação de que o investimento da "lingua prima", a Oficial em Timor, o "Tetun" não seja investido nem desenvolvido, pois a lingua tambem é a Identidade de uma Nação.
As linguas nacionais tiveram historicamente uma importante função política, assim como os discursos que, em sua defesa, se pronunciaram e se pronunciam na actualidade. De facto, em seu nome desenvolveram-se e sucederam-se intermináveis conflitos que parecem não ter solução. E isto é assim porque, simbolicamente, ela, entre outros factores, representa a comunhão dos cidadãos,
identificamo-nos como "irmãos" naturais de uma nação através da lingua e, exaltamos suas virtudes e valores, em relação às outras línguas.
No entanto, esse sentimento de identidade através da lingua, associado à ideia de nacionalidade que hoje nos parece tão "natural" é produto da combinação de diversos processos históricos que têm sua origem já bem começada a modernidade.
É a partir da constituição dos Estados Nacionais que se torna necessária a unificação linguística planeada, e com ela a imposição de uma língua oficial ou variedade de língua, processo que destitui as outras linguas ou variedades e as torna dialetos ou línguas não oficiais.
"Quando se constituem os Estados Nacionais, a questão linguística torna-se um elemento de cidadania (Guimarães e Orlandi, 1996)."
Ou seja, com a fusão de Estado e Nação, constroem-se as bases para a unificação linguística e cultural num território particular. A Nação necessita de unidade e essa unidade cultural e linguística possibilita a identificação dos indivíduos como cidadãos.
Dalia "Kiakilir"
Oxford, Outubro 23, 2012
Ler artigo em Tetun:
http://kiakilir.blogspot.co.uk/2012/10/lingua-portuguesa-iha-timor.html
Fontes de infromação: Rede CPLP , Presidencia de Conselho de Ministros , Wikipedia - Linguas de Timor leste
Referencia Bibliografica: Timor-Leste "Geoffrey Hull" [Identidade, língua e política educacional editado pelo Instituto de Camões]
Durante o dominio português, quer na administração, quer no sistema de ensino, era usada exclusivamente a lingua portuguesa, embora coexistindo (existir simultaneamente), no dia-a-dia, com o tétum e com outras línguas. O português influenciou profundamente o tétum, especialmente o dialecto falado em Dili, conhecido como tetum-praça, que constitui actualmente a versão oficial da língua e a que se ensina nas escolas.
Com a anexação do territorio pela Indonesia, o uso do português foi proibido, impondo-se a língua indonesia, idioma até então desconhecido no território. Por vezes o indonesio é referido em português como "bahasa", mas isso é incorrecto porque "bahasa" significa "lingua" ("bahasa Indonesia" = lingua indonésia, "bahasa tetun" = lingua tétum, "bahasa portugis" = língua portuguesa).
Durante 24 anos, toda uma geração cresceu e foi educada nesta lingua. O português sobreviveu, no entanto, como língua de resistência, usada pela Fretilin e pelas outras organizações da resistência nas suas comunicações internas e no contacto com o exterior. Este uso do português, muito mais do que do tétum, conferiu-lhe uma enorme carga simbólica.
Com o termo da ocupação e a independência de Timor-Leste em 20 de Maio de 2002, as novas autoridades do país fizeram questão de recuperar o idioma da antiga potência administrante. A Constituição reconhece ao português o estatuto de "língua oficial" ao lado do tetun.
Para os mais idosos, o bahasa indonesio é negativamente conotado com o regime repressivo de Suharto mas, por outro lado, muitos jovens têm-se mostrado adversos à reintrodução do portugues, visto como "lingua colonial", um pouco como os indonésios vêem o holandês. No entanto, enquanto a língua e a cultura holandesas tiveram reduzida influência na Indonesia, as culturas portuguesa e timorense interligaram-se ao longo dos seculos, nomeadamente atraves de casamentos mistos, criando-se uma afectividade em relação ao português em Timor que nunca existiu com o holandês na Indonésia.
Um bom exemplo da aceitação popular do portugues é o facto de 70% dos apelidos e 98% dos nomes próprios dos timorenses serem, ainda hoje, portugueses.
Os dirigentes timorenses têm clara noção que foi graças à colonização dos portugueses que Timor-Leste (com o enclave de Oecusse e a ilha de Ataúro) criou uma identidade própria e se diferenciou da outra metade da ilha e das restantes milhares de ilhas que compõem o arquipélago indonésio.
Contando com a colaboração activa de Portugal e do Brasil, o português tem vindo progressivamente a recuperar terreno, sendo que actualmente cerca de 25% dos timorenses falam português (13,6% de acordo com o censo de 2004).
O nosso Presidente da Republica Taur Matan Ruak defende que "o ensino da lingua Portuguesa em Timor veio para ficar", mais acrescenta que "Do nosso contacto com outras culturas e outros povos resultaram coisas positivas. É disso prova o sentimento da nossa identidade nacional, marcado pela fé católica, a língua portuguesa e a forte ligação a valores de cultura universais que unem oito países de quatro continentes, na família da CPLP."
Consoante opinião publica Timorense a lingua Portuguesa em Timor tem um papel fundamental, sendo Timor um paises membros da CPLP - Comunidade dos Paises da Lingua Portuguesa, esta vem para enriquecer e enraizar as ligaçoes afectuosas com Portugal.
O português é, em si, um idioma de importante relevo no mundo moderno. Uma língua internacional, falada por cerca de milhões de pessoas nos cinco continentes. Há ainda a importância desempenhada pelas futuras relações de Timor com o mundo lusófono o que proporcionará vantagens sociais e culturais e benefícios materiais. Para Timor, o português tem também a vantagem de que o Tetun não seja formalmente muito afastado do português na sua pronúncia, gramática e vocabulário. O português não é um idioma demasiado difícil para os timorenses pois estes já possuem um relativo conhecimento passivo do português, devido ao facto de que já se fala o tetum-Dili, neste sentido a juventude deve fazer um esforço colectivo para aprender ou reaprender a lingua portuguesa. Um dever que se pode qualificar como sendo "patriótico", até porque a cultura e a língua portuguesa fazem parte da memoria de TIMOR, e não falar o português seria voltar costas a um passado em que Portugal esteve sempre presente!
Pessoalmente, A lingua é um símbolo de identidade (talvez o mais poderoso) que nos permite reconhecer como naturais de uma cidade, de uma região, de um país e, ao mesmo tempo, identificar a quem não o é. Esse poder atribuído à lingua data de épocas imemoriais.
Ha questões levantadas sobre utilidade e importancia da lingua Portuguesa em Timor, preocupações que englobam a visão e a recepção da mesma junto dos cidadãos timorenses dentro do proprio pais, ha quem opina que são questões de interesse e negociação politica de forma a afirmar a identidade de Portugal dentro do pais, visto isso existem pros tendo em conta o afecto e ligação dos nossos antepassados com os Portugueses , e contras tendo em conta a preocupação de que o investimento da "lingua prima", a Oficial em Timor, o "Tetun" não seja investido nem desenvolvido, pois a lingua tambem é a Identidade de uma Nação.
As linguas nacionais tiveram historicamente uma importante função política, assim como os discursos que, em sua defesa, se pronunciaram e se pronunciam na actualidade. De facto, em seu nome desenvolveram-se e sucederam-se intermináveis conflitos que parecem não ter solução. E isto é assim porque, simbolicamente, ela, entre outros factores, representa a comunhão dos cidadãos,
identificamo-nos como "irmãos" naturais de uma nação através da lingua e, exaltamos suas virtudes e valores, em relação às outras línguas.
No entanto, esse sentimento de identidade através da lingua, associado à ideia de nacionalidade que hoje nos parece tão "natural" é produto da combinação de diversos processos históricos que têm sua origem já bem começada a modernidade.
É a partir da constituição dos Estados Nacionais que se torna necessária a unificação linguística planeada, e com ela a imposição de uma língua oficial ou variedade de língua, processo que destitui as outras linguas ou variedades e as torna dialetos ou línguas não oficiais.
"Quando se constituem os Estados Nacionais, a questão linguística torna-se um elemento de cidadania (Guimarães e Orlandi, 1996)."
Ou seja, com a fusão de Estado e Nação, constroem-se as bases para a unificação linguística e cultural num território particular. A Nação necessita de unidade e essa unidade cultural e linguística possibilita a identificação dos indivíduos como cidadãos.
Dalia "Kiakilir"
Oxford, Outubro 23, 2012
Ler artigo em Tetun:
http://kiakilir.blogspot.co.uk/2012/10/lingua-portuguesa-iha-timor.html
Fontes de infromação: Rede CPLP , Presidencia de Conselho de Ministros , Wikipedia - Linguas de Timor leste
Referencia Bibliografica: Timor-Leste "Geoffrey Hull" [Identidade, língua e política educacional editado pelo Instituto de Camões]
Muito bem dito. Se esta a planear em vir ate Bali visite: http://www.casaminhabali.com
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El portugues es comprendido por los millones de hispanoparlantes de sudamerica, quiza no sea actualmente importante para la juventud pero es otra fuente mas de acceso al resto el planeta, no solo portugal o brasil. Espero ver pronto a Timor Leste al frente de las relaciones comerciales de Asia
ResponderEliminarDar o comentario da Língua mais falada em Timor-Leste é a Língua Portuguesa e mais importante em nasional de Timor
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