A corrupção em Timor tem vindo a aumentar significativamente. Depois dos factos passados, triste exemplo, de 4 de Dezembro de 2002, e agora o caso dos negócios turvos da riqueza do Mar de Timor. São dois casos que estão ligados a figura do nosso primeiro-ministro Mari Alkatiri.
Quem esteja atento aos meios de comunicação social e no fórum do debate electrónica da Renetil, poderia verificar que o fenómeno crescente é desagradável e custa caro para o País e muito mais caro para os timorenses. Por outro lado, é perceptível que a corrupção é o maior obstáculo para o desenvolvimento nacional. O processo judicial deverá ser considerado como o meio legitimo de apurar as respectivas responsabilidades ou não de acordo com a constituição em vigor. Quando o processo terminar só nesse momento o governo deverá apresentar uma explicação credível ao País, dando a garantia na medida do possível que situações dessas não se voltem a repetir.
De facto ainda não há provas concretas para justificar o PM Alkatiri no envolvimento da corrupção no negócio PetroTimor e como tal as pessoas têm demonstrado o apoio e sua solidariedade, dando-lhe assim o benefício de duvida. Mas, se ele for realmente culpado será o único envolvido? Eis a questão?
Não sou muito optimista com o processo de investigação, devido a própria complexidade do processo, tenho receio que se ao alongar durante bastante tempo que os juizes e investigadores venham a sofrer pressões. Ingat kasus 4 Desember? Lembram-se do dia 4 de Dezembro? A bomba explodiu! Toda gente falou! Mas depois do “boom” sucedeu o silêncio. Foi assim que aconteceu, um caso passado e esquecido. Ficaram apenas os prejuízos.
Ela é assustadora e preocupante. Primeiro, a corrupção é o indicador do não desenvolvimento do pais e traz consigo problemas socio-economicos. Para além das consequências políticas a corrupção é uma das principais causas da crise financeira, deixando o País de ser atractivo aos investimentos e à assistência externos e internos, e consequentemente seria o isolacionismo do mesmo.
A corrupção irá sempre existir. Se conseguirmos detectar o movimento do KKN que medidas que podemos e devemos tomar para levar a cabo de incurtar o espaço do KKN, nomeadamente a redução dos índices de corrupção a partir do controlo social das actividades públicas. Criando igualmente atitude repulsiva na sociedade. Estas medidas são propostas nas instituições governamentais e nas organizações da Sociedade Civil “NGO”, uma vez que estabelecem um “modelo objectivo” de transparência para sociedade sobre o funcionamento dos serviços. Porque só assim se pode combater os seus efeitos altamente nocivos.
Sendo a corrupção é um grave problema social devem ser debatidos de forma seria as seguintes questões: a sua origem (COMO?) e as condições que permitem a sua propagação (PORQUE?).
Arlindo Kahikata Fernandes
Coimbra, 16 de Março de 2004
Arquivo FH: Artigu ne'e hakerek no publika iha Diario Coimbra no Forum RENETIL no Group Hametin PD iha 19 de Marco 2004. FONTE - Hametin Partido Democratico (PD)
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