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sábado, 16 de maio de 2020

Liberdade de Expressão, consciência? exclusão?

Capa A REVISTA DE PORTUGAL
Hoje já não se diz o que se pensa mas o politicamente correto, foi o que li num excerto de textos de Helena Sacadura Cabral, há já algum tempo. Já na altura quando partilhei o excerto referi que não via nenhum mal nisso, pois nem tudo o que se quer dizer deve, pode ser dito pois falta o "filtro" do bom senso. Deve ter a ver com as gerações mas hoje com esta idade, acredito ter alguma maturidade que me permite discernir sobre algo que nem devia ser tema, mas que o é quando vemos a falta de filtro seja nas palavras, seja no seu comportamento. 

Entra aqui necessariamente a questão da educação, a formação académica, ou falta dela, a sensibilidade e bom senso. Há comportamentos, discursos que ainda bem que são evidenciados pois servem para reforçar precisamente os exemplos que não queremos seguir. Se todos nós fôssemos impetuosamente tóxicos, não haveriam relações familiares, de amizade, amorosas que sobrevivessem. A excepção aqui talvez sejam os políticos que não filtram mesmo o que dizem porque querem ganhar eleitores denegrindo a imagem uns dos outros, mas esse é um debate a outro nível.

Todos observamos no dia a dia pessoas de diversas faixas etárias em contextos diversos. Algumas que nos são próximas, outras o são por obrigação e outras nem por isso. É gritante o comportamento que distingue os vários grupos etários. Uns são mais comedidos no seu comportamento, nas suas palavras, outros são mais expansivos, demasiado expansivos, diria eu, para determinados contextos e locais. Não há sensibilidade para se medir as palavras e ajustar o comportamento às circunstâncias e ao local.

Sónia Agostinho sentada na sede da
RTP PORTUGAL
O desafio está em te ajustares a cada contexto, embora nem todos tenhamos essa capacidade,  é preferível ter identidade própria do que cair no lugar comum de te aculturares por baixo. É difícil? Talvez! Mas desde que se preserve a nossa própria identidade, vale a pena, se sorrimos no final do dia 😊.


Sónia Agostinho
Tata-Mai-Lau
Lisboa, 16 de Maio 2019

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